"I Yam What I Yam." |
Donald Phelps
Fantagraphic Books, 2001
300 págs., capa mole
O início do século XX é uma época marcante da história da banda desenhada. Nesta altura, ainda na sua infância, a exploração e a inovação nesta nova arte eram constantes que rapidamente se cristalizavam em cânones aceites. Obras como Gasoline Alley, Thimble Theater e Dick Tracy - representadas na capa - e outras eram lidas diariamente na imprensa por milhões de pessoas. Estas comic strips - de onde deriva, malogradamente, a nossa designação de banda desenhada (adaptada do francês) - ocupavam diariamente um espaço privilegiado de divulgação.
Com o tempo muitas foram esquecidas pelo público geral, mas outras perduraram sob outras formas (por exemplo, Dick Tracy, Popeye e Little Orphan Annie e as suas adaptações à animação e cinema e até musical de Broadway), adaptando-se às novas exigências do público.
O recente redescobrimento destas obras, com o patrocínio de autores de relevo e sustentado por uma nostalgia crescente, trouxe estas obras de volta à ribalta, em formatos mais apetecíveis: edições de luxo de capa dura que comemoram a qualidade e originalidade das obras clássicas.
Com o tempo muitas foram esquecidas pelo público geral, mas outras perduraram sob outras formas (por exemplo, Dick Tracy, Popeye e Little Orphan Annie e as suas adaptações à animação e cinema e até musical de Broadway), adaptando-se às novas exigências do público.
O recente redescobrimento destas obras, com o patrocínio de autores de relevo e sustentado por uma nostalgia crescente, trouxe estas obras de volta à ribalta, em formatos mais apetecíveis: edições de luxo de capa dura que comemoram a qualidade e originalidade das obras clássicas.
Donald Phelps é um entusiasta. A sua escrita denuncia-o. A descrição de situações, a escolha de certas palavras que fariam um crítico mais "sério", aquele que supostamente se distancia emocionalmente da obra que analisa, estremecer a proferi-las. O seu olhar académico mas encantado, é minucioso e competente, e a seriedade com que escreve não se discute. Contudo, é esta abordagem académica, com o seu complexo sistema de referências, nem sempre actuais ou contextualizadas, que acaba por tornar a leitura menos fluída, entrecortando o que o crítico pretende realmente evidenciar e, até certo ponto, marginalizar o leitor.
Embora alguns dos autores e personagens abordados sejam universalmente conhecidos, outros não o são e para nos facilitar a vida, o texto é acompanhado por excertos das bds em análise. A escolha dos excertos poderia ter sido mais criteriosa, o texto entra por vezes em descrições poéticas de cenas que, infelizmente, o leitor terá que imaginar.
Apesar destas críticas e outras menores (erros ortográficos, trocas de imagens e formatação de texto), o livro consegue transmitir-nos o entusiasmo de Phelps pelas obras analisadas e cumpre bem um papel de divulgação de obras que ainda se mantêm interessantes mesmo após quase um século.
Embora alguns dos autores e personagens abordados sejam universalmente conhecidos, outros não o são e para nos facilitar a vida, o texto é acompanhado por excertos das bds em análise. A escolha dos excertos poderia ter sido mais criteriosa, o texto entra por vezes em descrições poéticas de cenas que, infelizmente, o leitor terá que imaginar.
Apesar destas críticas e outras menores (erros ortográficos, trocas de imagens e formatação de texto), o livro consegue transmitir-nos o entusiasmo de Phelps pelas obras analisadas e cumpre bem um papel de divulgação de obras que ainda se mantêm interessantes mesmo após quase um século.
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