"Variety is the spice of life." |
Robert Goodin
Top Shelf Productions, 2008
32 págs., P&B
Não se deixem enganar pelo título que podia ser da biografia da grande maioria dos indivíduos do género masculino, Robert Goodin tem outros planos para além de explorar uma das inúmeras obsessões do homem sexualmente activo.
Cada uma das histórias desta bd é sobre um indivíduo desajustado que lida com a sua desadequação de formas mais ou menos funcionais, nem sempre felizes mas sempre hilariantes.
Na história titular, “The Man Who Loved Breasts”, o protagonista vê-se a braços com a rotina do trabalho, o desânimo e oportunidades profissionais perdidas que o motivam a procurar fazer o que realmente ama mas que, inevitavelmente, não consegue lutar contra a mudança de paradigmas numa sociedade em constante mudança. Mesmo assim com final feliz.
Segue-se “George Olavatia: Amputee Fetishist”, uma história que se passa ao balcão de doação de uma clínica de fertilidade (com direito a referência a Aldous Huxley) com um doador diferente nas suas preferências sexuais e um empregado algo obtuso.
Por último, "A 21st Century Cartoonist in King Artur's Court" é um relato irónico da história batida do viajante no tempo que usa os seus conhecimentos do futuro para se sobrepor aos "primitivos". A mais corrosiva das três histórias (com uma pitada de autocomiseração?) que nos faz questionar sobre o nosso papel na sociedade e a nossa completa ignorância sobre como as coisas funcionam à nossa volta.
Com um desenho cuidado e boas sequências, "The Man Who Loved Breasts" conta com o sentido de humor apurado de Goodin que realça o absurdo dos lugares-comuns que andamos há anos a forçar-nos a acreditar para manter aquele resquício de sanidade. Mas um pouco de loucura não faz mal a ninguém, pois não?
Com um desenho cuidado e boas sequências, "The Man Who Loved Breasts" conta com o sentido de humor apurado de Goodin que realça o absurdo dos lugares-comuns que andamos há anos a forçar-nos a acreditar para manter aquele resquício de sanidade. Mas um pouco de loucura não faz mal a ninguém, pois não?
Bem... o título é apelativo!
ResponderEliminar:D
Parece-me ser um bom livro, já me tinha sido indicado por um amigo.
:)
É uma leitura rápida e divertida com momentos muito engraçados.
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