Lucia revela-se. |
Manuele Fior
Éditions Atrabile, 2009
144 págs. , tetracromia
Lucia e Piero são dois adolescentes italianos que se conhecem quando a primeira, devido ao processo de separação dos pais, vem morar para o mesmo bloco de apartamentos do segundo.
Longe de ser a história de amor típica que Hollywood nos impinge ad nauseam, a narrativa acompanha os protagonistas ao longo de 20 anos, os seus encontros e desencontros, as decisões que fazem ao nível das restantes relações nas suas vidas, até ao momento da sua separação final.
O traço espontâneo de Manuele Fior coaduna bem com o tom intimista do enredo, as suas aguarelas impõem o ambiente da narrativa, variando das cores quentes do episódio inaugural às paisagens gélidas da Noruega, mais até que o próprio texto. Aliás, é um livro "leve" tendo em conta aquilo que é contado, há uma superficialidade das personagens que, embora nos permita preencher os espaços em branco, nos faz questionar as suas motivações e torna-as ambíguas e, portanto, difíceis de compreender.
Só queria realçar as páginas que culminam com o beijo de Lucia e Sven, em pano de fundo o filme The Sword in the Stone, que mostra que na bd se pode "citar" outras formas de expressão de forma eficaz e reconhecível.
Só queria realçar as páginas que culminam com o beijo de Lucia e Sven, em pano de fundo o filme The Sword in the Stone, que mostra que na bd se pode "citar" outras formas de expressão de forma eficaz e reconhecível.
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