"...we will rise again." |
Rick Remender & Greg Tocchini
Image Comics, 2014
31 págs., tetracromia, floppy
Há pouco mais de 10 anos a ficção científica parecia não ter lugar nos comics americanos, os poucos exemplos com qualidade pareciam relegados às estantes dos entendidos do género.
O recente "segundo advento" da Image Comics trouxe consigo alguns títulos de ficção científica interessantes e Rick Remender é um dos homens do leme desta nova vaga (já em 2005 andava a escrever Fear Agent que acabou por vingar tanto por persistência como por qualidade). Desta feita, Remender apresenta-nos Low, uma história de ficção científica passada num ambiente subaquático.
A espécie humana está novamente a beira da extinção, o sol está a expandir e o refúgio da radiação crescente é encontrado na profundidade dos oceanos.
Os Caine são os líderes de uma comunidade nómada que procura uma "terra" prometida improvável. As contrariedades são muitas mas o fardo é suportável com o auxílio do Helm Suit, um exosqueleto codificado geneticamente de uso exclusivo da família Caine. Mas quando o fato é alvo de um ataque por piratas que podem fazer os Caine?
Os Caine são os líderes de uma comunidade nómada que procura uma "terra" prometida improvável. As contrariedades são muitas mas o fardo é suportável com o auxílio do Helm Suit, um exosqueleto codificado geneticamente de uso exclusivo da família Caine. Mas quando o fato é alvo de um ataque por piratas que podem fazer os Caine?
Relativamente à escrita e enredo, o diálogo é engraçado, há uma série de perguntas e referências que existem para aguçar apetites e dar uma ideia de um universo maior por detrás de uma narrativa que acaba por ser algo familiar.
Remender é sempre bem acompanhado. Greg Tocchini traz muito estilo à história, com um excelente design da cidade e dos veículos. Uma crítica que se pode fazer ao desenho tem a ver com a caracterização das personagens que são algo semelhantes em termos de expressão facial. Este pormenor que por vezes falta ao traço de Tocchini é parcialmente compensado pelas suas cores que, infelizmente, por vezes, chegam a ser um pouco opressivas, podendo ter optado por uma palete menos garrida.
Para um primeiro número há muito para digerir e acaba de forma a que o leitor queira ler o próximo, portanto, cumprindo de forma competente o seu principal objectivo. A acompanhar.
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