"...but I won't be in his debt." |
Dan Abnett & I.N.J. Culbard
Dark Horse Comics, 2014
22 págs., tetracromia, floppy
A paz não é só um desejo esperançoso proferido por uma miss ofuscada pelos holofotes, é também angústia e miséria para aqueles que vivem de esmagar crânios com espadas rombas e pesadas.
Um grupo de mercenários medievais percorre uma paisagem bucólica, a vida entre as campanhas é difícil e a fome começa a sobrepor-se à moral, o conflito é forma de subsistência e os céus estão prestes a responder às preces resignadas do grupo. Literalmente.
"Dark Ages" é uma espécie de "Guerra dos Mundos" quinhentos anos antes.
É uma leitura demasiado rápida, o conflito é a principal força motriz da história e a principal função deste primeiro número é levantar questões. Há uma tensão religiosa subjacente ao texto, por um lado temos soldados com uma atitude quase ateísta motivada por uma vivência de privações e de morte, por outro, procuram auxílio num mosteiro que é mais do que parece pois aguardava a chegada dos visitantes - os de outros mundos. Não sei se associar os adeptos religiosos às monstruosidades destrutivas será uma crítica pouco subtil à religião. Vamos ver.
A simplicidade também se encontra no plano visual, os desenhos limpos de Culbard poderão não ser do agrado de todos (não é o meu caso), especialmente daqueles que procuram os pormenores macabros de uma amputação.
Julgo tratar-se, muito provavelmente, de uma história que poderia ser contada em menos páginas e que ficaria muito bem na revista britânica 2000 AD. Não estou a ver um público americano a perder muito tempo com esta bd tendo em conta as muitas e boas alternativas que tem agora à sua disposição.
"Dark Ages" é uma espécie de "Guerra dos Mundos" quinhentos anos antes.
É uma leitura demasiado rápida, o conflito é a principal força motriz da história e a principal função deste primeiro número é levantar questões. Há uma tensão religiosa subjacente ao texto, por um lado temos soldados com uma atitude quase ateísta motivada por uma vivência de privações e de morte, por outro, procuram auxílio num mosteiro que é mais do que parece pois aguardava a chegada dos visitantes - os de outros mundos. Não sei se associar os adeptos religiosos às monstruosidades destrutivas será uma crítica pouco subtil à religião. Vamos ver.
A simplicidade também se encontra no plano visual, os desenhos limpos de Culbard poderão não ser do agrado de todos (não é o meu caso), especialmente daqueles que procuram os pormenores macabros de uma amputação.
Julgo tratar-se, muito provavelmente, de uma história que poderia ser contada em menos páginas e que ficaria muito bem na revista britânica 2000 AD. Não estou a ver um público americano a perder muito tempo com esta bd tendo em conta as muitas e boas alternativas que tem agora à sua disposição.
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