"And then it all changed." |
Warren Ellis & Tula Lotay
Image Comics, 2014
27 págs., tetracromia, floppy
Ao que parece o universo de Supreme sofreu mais uma "revisão". Embora o escreva no sentido literal, refiro-me também ao conceito introduzido por Alan Moore no número 41 de Supreme (Agosto de 1996). O fenómeno descrito por Moore é uma homenagem inteligente aos comics da Silver Age quando praticamente todos os meses eram introduzidos novos elementos - muitas vezes contraditórios - na personalidade e continuidade narrativa das personagens. O mandato de Moore à frente de Supreme estava repleto destes pormenores que recontextualizavam uma personagem que era basicamente um Super-Homem violento (mais originalidade da parte de Rob Liefield), aproximando-o tematicamente à mitologia original.
Desta feita é Warren Ellis que assume o leme de Supreme e inicia a sua revisão. Essencial a uma "revisão", segundo Moore, é a manutenção das personagens podendo ou não haver uma reformulação dos seus papéis.
Diana Dane é uma jornalista desempregada assombrada por sonhos peculiares que é contratada por Darius Dax para investigar um mistério. Como Darius explica, o seu trabalho lida com "rosas azuis", ou seja, ocorrências não naturais. Supreme é um acontecimento sem explicação e há quem pague muito bem para obter informações relacionadas com esse evento. Começa a aventura.
Ainda mais interessantes são os visuais espectaculares de Tula Lotay, cuja linha delicada, cores pálidas e rabiscos azuis adornam todas as páginas fazendo pensar em bd amarelada pelo tempo, há muito riscada por crianças, reiterando a ligação nostálgica com o passado.
Com um primeiro número que apresenta novidades e pisca o olho à encarnação anterior (não confiar em Darius Dax e a representação de Zayla Zarn), "Supreme Blue Rose" vem reforçar a noção de que uma construção sólida precisa de bons alicerces. Neste caso particular, ironicamente, essas bases são a continuidade anterior da personagem.
Desta feita é Warren Ellis que assume o leme de Supreme e inicia a sua revisão. Essencial a uma "revisão", segundo Moore, é a manutenção das personagens podendo ou não haver uma reformulação dos seus papéis.
Diana Dane é uma jornalista desempregada assombrada por sonhos peculiares que é contratada por Darius Dax para investigar um mistério. Como Darius explica, o seu trabalho lida com "rosas azuis", ou seja, ocorrências não naturais. Supreme é um acontecimento sem explicação e há quem pague muito bem para obter informações relacionadas com esse evento. Começa a aventura.
Ainda mais interessantes são os visuais espectaculares de Tula Lotay, cuja linha delicada, cores pálidas e rabiscos azuis adornam todas as páginas fazendo pensar em bd amarelada pelo tempo, há muito riscada por crianças, reiterando a ligação nostálgica com o passado.
Com um primeiro número que apresenta novidades e pisca o olho à encarnação anterior (não confiar em Darius Dax e a representação de Zayla Zarn), "Supreme Blue Rose" vem reforçar a noção de que uma construção sólida precisa de bons alicerces. Neste caso particular, ironicamente, essas bases são a continuidade anterior da personagem.
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