21 de Outubro de 2014

O edifício da Câmara Municipal.
A viagem de comboio é relativamente curta mesmo que o ponto de partida seja de um lado ou outro da linha. 
À chegada à Amadora deparamo-nos com a Câmara Municipal  e o seu estandarte comemorativo dos 35 anos do Município - nesse mesmo local, há dois anos, estava o equivalente para o AmadoraBD.
A pouco de 100 metros da estação, a paragem de autocarros (apanhei o 143 mas há outros) para o Fórum Luís de Camões, o local de realização do Festival já há alguns anos. A viagem até à Brandoa é rápida e em 15 minutos somos deixados praticamente à porta do Fórum.
A alternativa seria estar às 11 horas no Marquês e aproveitar o transporte garantido pela organização.
"Mas que história é esta?"- podem perguntar.
Bem, para minha surpresa, a semana passada, recebi um e-mail com um convite para uma visita de imprensa ao AmadoraBD.
Tratava-se de uma visita de antecipação (ao que parece, preferível a uma conferência de imprensa) ao 25º AmadoraBD, ao núcleo central da exposição com direito a apresentação da programação, obras e materiais, cenografias, etc.

A literal recepção do AmadoraBD.
A recepção foi feita pelo director do evento, Nelson Dona, pela Presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares e pelo Vereador do Pelouro da Cultura, António José da Silva Moreira.
À volta da nossa pequena comitiva (que incluía repórteres do TVAmadora e Antena 1, algumas caras conhecidas do mundo blogueiro e outras que desconheço), o bulir de quem tem que ter um festival pronto em 4 dias - os cenários já completos, faltando montar ainda a maioria das exposições e uns retoques finais.
O discurso inicial referiu o empenho da Câmara no âmbito da Cultura apesar dos constrangimentos orçamentais (Alguém pergunta: "Qual foi o orçamento deste ano?". A resposta: "510 mil euros". Em temos o FIBDA contava com mais do dobro desta quantia mas como se diz há mais de 10 anos: "É a crise..."), a etnografia dos visitantes (referência ao inevitável estudo feito por Helena Santos com quase 10 anos) e os objectivos actuais.

A visita inicia-se pelo espaço onde decorrerá a exposição dos 75 anos do Batman, numa parede amarela podemos observar uma cena com estilo de desenho semelhante ao Bruce Timm - a Liga da Justiça vê através de um portal duas figuras maléficas (só me lembrei de tirar fotos mais tarde mas, para os mais curiosos, essa imagem pode ser encontrada noutros blogues bedéfilos). A exposição é comissariada por Lawrence Klein e José Miguel Lameiras, o primeiro fundou e foi director do Museum of Comic and Cartoon Art em Nova Iorque e o segundo é já um conhecido veterano nestas lides da bd portuguesa, para além de historiador, conseguem encontrá-lo muitas vezes atrás do balcão da Dr. Kartoon em Coimbra.

Quase no ponto.
Em contiguidade encontramos os espaços dedicados às exposições "Galáxia XXI: O Futuro da Banda Desenhada é Agora", comissariado por Sara Figueiredo Costa e Luís Salvado, para mim a mais interessante, que explora o passado e futuro da bd, infelizmente ainda sem nenhuma obra mas já bem estruturada; "O Baile", esta ladeada pelos seus pais, "Nuno Duarte - Melhor Argumento de Autor Português 2013" e "Joana Afonso - Autora portuguesa em destaque" (curiosidade: a Joana Afonso também fez 25 anos em 2014 e é a primeira mulher a ilustrar o poster do FIBDA e a primeira pessoa nesta edição a ter exposição praticamente montada) e também na boa companhia de "Mafalda, uma Menina de 50 anos".
O hábito de expor os trabalhos dos premiados do ano anterior e as efemérides (cada vez mais, parece que não se inventou mais nada novo a partir de determinada altura) parecem ter-se tornado uma constante do festival.

2013 em revista.
Ainda neste primeiro piso, uma pequena floresta de árvores rodeada por uma floresta maior de candeeiros e um sinal que diz de forma até bastante legível "pintado de fresco".
Aqui realizar-se-á a exposição do  ano editorial português, diferente este ano porque irá - de forma justa, julgo - incluir mesmo os trabalhos que não foram nomeados para os Prémios Nacionais de Banda Desenhada (PNBD).
Infelizmente, o regulamento dos PNBD acaba por excluir muitas obras interessantes que são prejudicadas por não ter nenhum tipo de promoção em termos de FIBDA.
Lá ao fundo, o espaço para os "autógrafos desenhados" que não foi particularmente realçado mas também não havia grande coisa para se mostrar mas certamente uma das áreas que terá mais movimento durante estes próximos fins-de-semana.


A tentação.
O auditório onde decorreram as conversas com autores e projecção de filmes encontrava-se no momento ocupado por vários originais pertencentes à exposição do Batman, protegidos do movimento que ainda se vive no piso. Esta exposição específica contou com o empréstimo de vários originais vindos de vários países.
E relativamente ao piso 0 do AmadoraBD estamos mais ou menos falados. Amanhã "descemos" para as restantes exposições.
Finalmente, quero deixar os meus agradecimentos a Helena César, a assessora de imprensa do AmadoraBD (e a responsável por esta visita).

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